Em entrevista no Jornal Cidade Verde desta quarta-feira (28), o presidente da Fundação Municipal de Saúde, Luís Ayrton Santos, informou que a greve dos médicos em Teresina tem triplicado a fila para cirurgias eletivas (marcadas com antecedência), uma vez que só casos de urgência e emergência estão sendo atendidos. Ele afirmou que desde quando assumiu o cargo tenta uma solução para melhorar o salário da categoria.
De acordo com o presidente da FMS, normalmente a fila de espera para uma cirurgia ortopédica é de 50 a 60 pacientes. Hoje o número chega a 160. "Eu sou uma das pessoas mais interessadas na solução dessa greve. Nós estamos buscando essa saída de uma forma ou de outra", declarou.
No entanto, Luís Ayrton Santos declarou que existem barreiras para se conseguir aumento salarial para os médicos, como o limite de 38% com os gastos da saúde. No cargo desde a saída de Pedro Leopoldino, que renunciou para tratar de problemas de saúde, o novo presidente revelou que desde a posse há 40 dias estudava uma proposta para evitar a greve, mas não conseguiu. A categoria recusou a proposta de gratificação ao invés do reajuste no próprio vencimento.
Luís Ayrton diz que a gratificação está dento do que a Prefeitura pode pagar no momento, mas ainda tenta encontrar outra solução, "buscando do fundo do baú", para que se chegue a um acordo.
Médico, o presidente da FMS admitiu: "Eu estou em uma situação muito desconfortável. (...) Isso tem me angustiado muito nesses dias".
Reitoria
O presidente da FMS negou que vá deixar o cargo para a campanha de vice-reitor da Universidade Federal do Piauí, candidatura que ainda está em fase de discussão. Segundo ele, a intenção é acumular as funções enquanto for possível.